quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A cirurgia

Eu prometi que iria falar sobre minha cirurgia e minha recuperação, já que muitos amigos estão me pedindo noticias.

Amanhã faz exatamente 1 mês que eu estava eu em casa, sem comer, beber, aproveitando que estava em casa mesmo, entrei na internet, conversei com uma colega do trabalho, mandei mensagem, por volta dás 12h conversei com a irmã gêmea, nessa tranqüilidade toda, meu celular tocou, era o numero da GASTROMED, clinica do Dr. Luiz Fernando Cordová, vulgo, Dr. Maravilha, era a secretária dele me informando se eu já deveria estar no hospital, porque a principio a cirurgia seria às 17h, então eu iria internar só depois das 14h, mas o Dr. Maravilha conseguiu antecipar minha cirurgia pras 14h e me obrigando ir para o hospital naquela hora. Acredito que nem desliguei o PC direito, falei correndo pra que ia internar naquela hora e que depois a gente se falava.

Na hora só estava eu, minha irmã e minha mãe em casa, meu padrasto tinha saído com meu primo pra resolver alguma coisa na rua, passei uma água no corpo, peguei a mala, cobertor, celular, carregador, tudo que tinha direito, enquanto isso minha irmã ligava desesperadamente para o meu padrasto e ele falando que tava chegando. Decidimos ir com meu carro e eles iam depois, na hora que estava saindo da quadra chega meu padrasto cantando pneu, então resolvemos ir carro dele. Então tira tudo do meu carro e coloca no dele, isso correndo é claro e o gaiato do meu primo gritando “Corre que a bolsa estourou, o bebê vai nascer”.

Da minha casa até o hospital não é um trajeto muito longo, acho que em 20 minutos estávamos lá, mas pra mim parecia uma eternidade, meu padrasto é uma pessoa excelente, colocou um CD da Banda Calipso na maior altura e falou que era pra eu não chorar, pra que ele falou isso? Toda hora me dava vontade chorar. Ouvia uma parte da musica eu enchia os olhos de lagrima, alguém falava uma coisa eu queria chorar, o namorado ligava e eu nem conseguia falar.

Chegamos ao hospital, fomos direto pra internação, lá mesmo encontramos a secretária do consultório, ela me informou que de lá ia direto pro Centro Cirúrgico, não senti medo, mas me deu vontade chorar. Ali mesmo na internação liberaram meu quarto e me encaminharam para o Centro cirúrgico. Fomos, mamãe, mana e eu. Ficamos lá jogando conversa fiada até a hora que eu deveria entrar. Na hora que cheguei na salinha antes de entrar pra cirurgia o Dr. Maravilha tava por lá conversando com um rapaz, acho que fiquei mais calma quando o vi. Namorado me ligava, eu retornava, não dava sinal, mas consegui falar com ele, alias ficar calada e ele falar, rs

Então chega uma enfermeira e pede pra eu ir trocar de roupa, tirar tudo e vestir a camisola, fui feliz e sorridente, voltei e entreguei minhas roupas pra minha mãe, nessa hora pensei, “Vamos direto ao assunto, ou cirurgia, antes que eu desista de tudo” passeamos pra lá, passeamos pra ká, procura isso, procura aquilo, me deixaram numa salinha fria pra caramba, sozinha de camisola aberta atrás, devia ser pro bumbum ventilar. Volta à enfermeira e me leva pra sala de cirurgia.

Pra quem nunca operou, eu fiquei meio frustrada, imaginei tudo diferente, a sala era grande, fria e quase não tinha equipamentos, nem o Dr. House estava por lá... Deitaram-me e colocaram a Santa Meia que me livrou de ficar com as pernas quase depiladas a mostra. Vieram umas enfermeiras e começaram a abrir os materiais pra cirurgia, Gizuis, são tantas tesouras e eu pensei “uma tesoura só dá pra fazer o trabalho”, mas a mesa era enormeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, cheio de coisas, perto da minha cabeça tinha um equipamento que media minha pressão e mais umas coisas estranhas. Eu não conseguia falar um “A”. Chegou o anestesista, olhou os sinais vitais, perguntou se eu tava bem, imagina se eu conseguia responder, só balançava a cabeça, estava com medo de começar a chorar e não terminar mais. Ele pra puxar conversa perguntou o que eu fazia da vida, quase que não saia, mas respondi que trabalhava, ele perguntou onde. Putz, ai era demais, né? Mas respondi e pra variar, como a maioria das pessoas ele nem sabia o que era, tive que explicar onde era meu trabalho.

Ele perguntou pra enfermeira o que tinha pra usar (?) Minha mãe depois falou que deveria ser a anestesia. Ela falou que tinha um “restinho” de não sei o que. Quase falei: "Porra, como assim “um restinho”? Usa direito isso, eu to pagando uê." Mas achei melhor não falar nada. Algumas lágrimas insistiam em sair dos meus olhos e então o Anestesista falou “Deixa eu secar essas lagrimas porque elas são valiosas” ... Pronto, nem preciso dizer que chorei mais ainda. Fui amarrada, naquela situação, não via apelo sexual em ser amarrada. Colocaram o soro e então o Anestesista disse que ia me dar um calmante, (ainda não era a anestesia, sei pq eu tinha que respirar num treco, eu estava esperando tanto por esse momento) pois estava muito nervosa e ai...

NÃO SEI O QUE ACONTECEU!!!!!!
(continua)

7 comentários:

Anônimo disse...

hehe, é assim msm ingrith! eu já operei as pernas e eles dão um sossega leão tão forte q eu não vejo nem a agulha saindo do corpo! mas cirurgi é uma parada séria. msm q a gente fique calma, por dentro tá sempre meio turbulento e apreensivo, né?
bjs

Débora disse...

ai amiga que estranho ler seu post de hj pq me deu arrepios e vontade de chorar pq as sensações que tive foram muito parecidas com a sua. acho que foi ótimo vc ter ido no susto, sabia? eu me internei um ia antes e foi a noite mais tenebrosa e longa da minha vida. eu chorava a noite inteira, orava e por várias vezes pensei em desistir. minha mãe estava ao meu lado o tenpo todo e se nao fosse ela talvez eu teria desistido por causa da tensão de aguardar o dia amanhecer. credo, ainda bem e graças ao nosso Senhor Jesus Cristo aquela noite passou e hj já faz 2 meses que operei e estou emagrecendo...e muito feliz. vc tbem tá feliz, ne? bjos

Anônimo disse...

única coisa que me lembro de uma cirurgia que fiz foi o anestesista me dizer... conte 10 de trás prá diante... eu só me lembro até o 9.. rsrs


Mas o importante disso tudo é que vc tá bem e se recuperando querida.

Beijos

Anônimo disse...

nossa que lindo o relato... pena q vc nao terminou ele.... daqui um tempo sou eu passando por isso. bjs

Cin disse...

Eu fiz uma cirurgia no nariz de desvio de septo e me deram um comprimido assim que cheguei ao hospital para já ir apagando...minha ultima lembrança é eu dentro do elevador indo para sala de cirurgia...depois n lembro nada, nem da sala, nem dos médicos, nem das conversas... isso sim é realmente frustrante rs
Volto pra ler o fim do relato.
Bjos!

Renata disse...

Nossa, fiquei arrepiada com seu relato. Porque nunca operei nada e acho que vou morrer de medo se um dia precisar. Sou mole. Cheiro de hospital me enjoa.

Ingrith disse...

Bella, minha irmã não cai de jeito nenhum, eu fico ruim até qdo faço endoscopia, saio curtindo lombra hahahahaah

Debora, muda pouca coisa, mas os medos e expectativas são os mesmos né? Que bom que está feliz, eu tb estou muito!

Erika, vc tá melhor do que eu, pq nem nessa parte eu cheguei!

Grazi, parabéns pela cirurgia! Vai dar tudo certo e é super tranquilo, ai vc faz um blog e conta pra gente como foi!

Cin, putz, é frustante mesmo, queria lembrar de algumas coisas... muito ruim!!!!

Renata, e eu que nem sangue posso ver que desmaio? Mas tive que enfrentar o medo, ainda bem que nem lembro de nada!